quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

O Fim. (parte 1)

- Corre, corre, CORRE Walles!!!
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- O que? Que porra é essa? Quem são el... fudeu!!!!
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*tá tá tá* (tiros)
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Jesse correndo como um louco e Walles correndo na mesma direção, sem saber direito o porque. A família Banger vinha atrás, montada e atirando com suas espingardas de canos longuíssimos.
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Jesse montou em seu jegue de corrida, "Jorge", e Walles, o padre, montou em sua égua mustang, "Viola". A família Banger se aproximava, cinco irmãos e o pai, parecia que sua munição era infinita, já haviam disparado mais de 100 tiros.
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- Arre, Jorge! - gritou Jesse.
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Jorge correu. Não como um jegue, mas como um legítimo cavalo de corrida. Walles ja estava um pouco à frente com sua mustang, corria agarrado ao terço que trazia no pescoço; corria e orava. Jesse se virava de tempos em tempos no lombo de seu jegue para disparar um tiro pouco preciso.
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- Atira, Walles!!!! - gritava Jesse.
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- É pecado, porra!!!! - respondia o padre.
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- Segue aquele mandamento: Não morrerás, alguma coisa assim!.
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- Esse mandamento não existe!!!
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- Devia existir... E devia existir um mandamento: Não xingareis também... Nunca vi um filho da mãe de um padre xingar tanto.....Vai Jorgeeeee!
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*tá tá tá*!!!
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Nesse momento, um tiro passou de raspão pela cabeça do padre Walles que, prontamente, virou-se para trás e disparou uma série de tiros. Walles tinha uma pistola anormalmente grande e explosiva. Raramente a usava, mas, quando usava, cada tiro fazia um barulho que poderia ser ouvido a quilômetros de distância.
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Walles derrubou dois homens. Jesse olhou para trás sorrindo e identificou os abatidos, eram Josh e David Banger. Agora eram três contra dois, uma vez que Mr. Banger, pai, ficou para trás para ajudar os filhos feridos.
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- Putz... será que eu matei? Será que eu volto la pra ver? Pobres homens. - dizia o padre, em um tom de preocupação forçado.
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- Você ta brincando!!!??? Continua cavalgando!!! E, de preferência, atirando também... - Respondeu Jesse.
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- Puta merda! Vo pro inferno! - Gritou Walles, provocando uma gargalhada em Jesse, em meio a mais uma rajada de tiros de carabina.
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O riso se congelou no rosto de Jesse. Silenciou-se. Ainda balançando no lombo de Jorge, que corria como ninguém nunca havia visto um jegue correr, Jesse levou uma das mãos às costas para, logo depois, pará-la à frente do rosto. Estava suja de sangue. Jesse ainda pôde ouvir Walles gritar:
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- Jesseee!!! - E ouviu mais quatro tiros estrondosos da arma do padre antes de sua visão escurecer.
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